Continuando com as informações sobre espionagem industrial, quem deve contribuir para a segurança das organizações (empresas, centros de investigação, organismos estatais)?
Esta resposta é simples, todas as pessoas que têm acesso a bens e conhecimentos com valor econômico ou importância estratégica, que interessem a Serviços de Informações ou a empresas estrangeiras, podem ser alvo de abordagens, tendo em vista o acesso àqueles valores. A segurança é um exercício diário, a ser praticado por todos.
Existem sinais de alerta a que se deva estar atento?
Sim. Na espionagem econômica foi referenciada, nos últimos anos, a utilização de recursos e de métodos tradicionalmente associados à espionagem político-militar, designadamente:
• Recrutamento de pessoas com acesso a conhecimentos, equipamentos e instalações de interesse estratégico;
• Utilização de equipamentos de interceptação de comunicações;
• Utilização de equipamentos de captação de imagens ou de som.
Para além do recurso a estas técnicas tradicionais de recolha de informações, ilegais e encobertas, também foi referenciada a utilização de outras, legais e abertas, nomeadamente:
• Pedido espontâneo de informações detalhadas ou muito especificas (ex. manuais internos), através do telefone, fax ou correio eletrônico;
• Ofertas de prestação de serviços a centros de investigação universitários ou empresariais;
• Convites inopinados para visitar países estrangeiros, onde poderá ser efetuada tentativa de recrutamento ou de cativação com vista a aceder a matérias relevantes;
• Visitas de delegações estrangeiras às instalações, em particular quando manifestam interesses ou comportamentos anormais;
• Conferências, colóquios, seminários e congressos científicos, com os objetivos de identificar e estabelecer contatos com pessoas com acesso relevante e aceder aos conhecimentos abordados nestes eventos;
• Abordagem de antigos funcionários com acesso a informação relevante;
• Promoção de joint ventures e de projetos de investigação comuns;
• No decurso de reuniões, desvio das temáticas previamente agendadas.
Lembrem-se segurança nunca é demais, e como falamos na parte 1 das informações sobre espionagem, não se trata de ficção, a espionagem pode ser sutil, por parte de um ex-empregado que deseja abrir uma empresa concorrente, ou em caso de pessoas com ideias inovadoras como tantas na região, porque não empresas ou pessoas que de fato queiram furtar determinada nova tecnologia. Fique atento!
Fonte: http://www.pse.com