A palavra biometria tem sua origem do grego bios (vida) e metron (medida), nomeando assim, um método automático de reconhecimento individual baseado em medidas biológicas (anatômicas e fisiológicas) e características comportamentais.
Segundo o autor José Alberto Canedo, os traços a serem usado como identificadores biométricos em um sistema biométrico automatizado devem possuir algumas qualidades, assim como os próprios sistemas, devendo o traço biométrico ser universal, único, permanente e mensurável. Já os sistemas biométricos automatizados devem ter performance operacional, ser aceitável pelos usuários e resistentes a fraude.
Universal: Todas as pessoas que usam o sistema biométrico deveriam possuir o traço biométrico que é medido por este sistema. Quase sempre existem exceções: pessoas mudas, sem impressões digitais, mutilados. Essas exceções devem ser levadas em conta através de alternativas, como a autenticação convencional.
Único: O traço biométrico deve ser suficientemente diferente entre os indivíduos que compõe a população. Gêmeos idênticos, por exemplo, possuem padrões diferentes na impressão digital e na íris.
Permanente: O traço biométrico de um indivíduo deve ser suficientemente invariante durante longos períodos de tempo, para que a amostra coletada no cadastro continue sendo válida para o sistema de comparação. A face e a assinatura de uma pessoa, por exemplo, mudam bastante com o tempo, requerendo recadastramento periódico. O grau de permanência do traço biométrico pode afetar profundamente o projeto do sistema.
Mensurável: Deve ser possível ler e digitalizar o traço biométrico usando dispositivos apropriados, não intrusivos, confiáveis, robustos e também com custo adequado à aplicação. Os dados brutos coletados devem ser de fácil processamento na extração de características representativas. O DNA, por exemplo, possui características altamente representativas, mas seu processamento ainda é caro e demorado.
Performance Operacional: A taxa de acerto do sistema e os recursos necessários para obter essa taxa deve atender as restrições impostas pela aplicação. Um sistema deve manter o nível de reconhecimento operando dentro do orçamento e utilizando a quantidade de equipamentos a disposição.
Aceitação: Sistemas desconfortáveis para o usuário, que pareçam ameaçadores, que levantem questões de higiene ou que simplesmente não sejam intuitivos provavelmente não terão ampla aceitação.
Resistência a Fraude: O quão difícil é enganar o sistema usando meios fraudulentos. As veias da mão, por exemplo, é um órgão interno e, portanto uma prótese que efetivamente engane um sistema biométrico é muito difícil de ser feita. Traços comportamentais são mais difíceis de se imitar do que se imagina, isso porque esses traços dinâmicos dependem, em última instância, da estrutura física da pessoa.
Fonte: forumbiometria.com